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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Estar sozinha

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o início deste milênio.
As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor.
O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, e não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A idéia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer. O amor romãntico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que tem atingido mais as mulheres.
Elas abandonam suas características para se amalgamar ao projeto masculino.
A teoria da ligação entre os opostos também vem desta raiz... o outro tem que saber o que eu não sei. Se sou mansa, ele deve ser agressivo, e assim por diante. Uma idéia prática de sobrevivência e pouco romântica por sinal.
A palavra de ordem deste século é "parceria".
Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo.
Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso. O que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual,
as pessoas estão perdendo o pavor de ficar sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas.
Elas estão então começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras.
O outro com qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O homem é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou.
Entramos na era da individualidade, o que não tem nada a ver com o egoísmo.
O egoísta não tem energia própria, ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, tem nova feição e significado.
Visa a aproximação de dois seres inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade.
Quando mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mas preparado estará para uma relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinha não é vergonhoso... ao contrário dá dignidade à pessoa.
As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinha.
Ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem juntos.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único... cada pessoa é única.
Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém.
Muitas vezes pensamos que o outro é a nossa alma gêmeae, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Acredito que todas as pessoas devem ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal.
Na solidão, entendemos que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro de nós mesmos, e não a partir do outro.
Ao tomarmos consciência disso, percebemos que nos tornamos menos críticos e mais compreensivos quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável!
Neste tipo de ligação, há aconchego, o prazer da companhia um do outro, e o respeito pelo ser amado.
Nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes temos que aprender a perdoar a si mesmo.

"A pior solidão é aquela que se sente quando acompanhado"

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