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Este é meu caderno eletrônico, aqui você vai encontrar alguns textos de minha autoria, assim como outros textos e mensagens que são importantes para mim ou que considero interessantes para ficar registrado. Espero que gostem...bjus

quinta-feira, 31 de março de 2011

No medo... não quero viver!

 
Nego-me a submeter-me ao medo...
Que me tira a alegria da minha liberdade
Que não me deixa arriscar nada.
Que me torna pequena e mesquinha, que me amarra,
Que não me deixa ser direta e franca, que me persegue
Que ocupa negativamente a minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto não quero levantar barricadas por medo do medo
Eu quero viver e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por medo de ser sincera.
Quero pisar firme porque estou segura, e não para encobrir o meu medo.
E quando me calo quero fazê-lo por amor e não por temer as conseqüências de minhas palavras.
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar em nada.
Não quero filosofar, por medo que algo possa me atingir de perto
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.
Por medo de errar não quero me tornar inativa.
Não quero fugir de volta ao velho, o inaceitável.
Por medo de não me sentir segura do novo.
Não quero fazer-me importante porque tenho medo de ser ignorado.
Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer
Do medo... quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Toque de Deus... nossas mãos


Posso pedir-lhe que olhe para sua mão por um momento?
Olhe as costas, depois a palma.
Torne a familiarizar-se com seus dedos.
Passe o polegar pelos nós dos dedos.
O que acharia de alguém filmar um documentário sobre suas mãos?
E se algum produtor quisesse contar sua história baseando-se na vida de suas mãos?
O que veria?
Igual ao de todos nós, o filme começaria com um punho infantil, depois uma visão em primeiro plano de uma pequena mãozinha agarrando-se ao dedo da mamãe.
Depois o quê?
Agarrando-se a uma cadeira enquanto você aprendia a andar? Agarrando uma colher quando aprendia a comer?
Não se passaria muito tempo na trama antes que se visse a sua mão demonstrando afeto, acariciando a face do pai ou do cachorro.
Também não passaria muito tempo para que sua mão fosse vista agindo agressivamente: empurrando seu irmãozinho menor, ou arrebatando-lhe um brinquedo.
Todos nós aprendemos que a mão é muito apropriada para a sobrevivência, é uma ferramenta de expressão emotiva.
A mesma mão pode ajudar ou machucar, estender-se ou fechar-se num punho, levantar alguém ou empurrá-lo para que caia.
Se mostrar esse documentário a seus amigos, você se sentirá orgulhoso de alguns momentos: sua mão estendendo-se com um presente, colocando um anel no dedo de outra pessoa, curando uma ferida, preparando uma comida ou juntas em oração.
Porém há também outras cenas.
Quadros de dedos acusadores, machucando em lugar de amar.
Mãos que tomam mais do que dão, exigindo em lugar de oferecer, machucando em vez de amar.
Ah, o poder de nossas mãos!!!
Deixe-as sem controle e se convertem em armas... aferrando para o poder, estrangulando para sobreviver, seduzindo pelo prazer.
Porém bem manejadas, nossas mãos podem ser instrumentos de graça: não só instrumentos nas mãos de Deus, mas sim as próprias mãos de Deus.
Renda-as e esses apêndices com cinco dedos se convertem nas mãos do céu.
Foi isso o que Jesus fez.
Nosso Salvador rendeu completamente suas mãos a Deus.
O documentário de suas mãos não tem cenas de cobiça monopolizando, nem dedos acusando sem base.
O que se tem é uma cena após outra de pessoas que anelam fervorosamente seu toque compassivo: pais carregando seus filhos, o pobre trazendo seus temores, o pecador levando nas costas sua aflição.
Cada um que chega recebe o toque.
Cada um que é tocado, muda
Deixe-se mudar pelo toque de Deus em sua vida...
Deixe-se ser preenchido por este amor que emana das mãos dele cheia de graças
Entregue-se... usufrua
Transforme-se

sexta-feira, 25 de março de 2011

Da dor ao perdão... da aprendizagem à criação....

Os desejos de nosso coração estão entrelaçados com as lições e feridas da alma, que são a nossas experiências humanas.
O desejo de maior realização, amor e abundância origina-se do nosso conhecimento da limitação, que resulta de estarmos desconectados da fonte.
Faz parte de nossa humanidade conhecer o medo antes que possa abraçar o amor!
Faz parte da nossa humanidade conhecer a dúvida antes que possa confiar!
Faz parte da nossa humanidade conhecer a tristeza antes que possa permitir a alegria!
Este conhecimento das nossas limitações da experiência humana pode levar-nos a crer que as energias superiores que vem do criador estão fora do nosso alcance.
Cada um de nós vive a vida por meio de duas etapas: aprendizagem e criação.
Quando estamos aprendendo, estamos experimentando a vida através da alma ferida, atraindo e manifestando a partir das energias que viemos curar.
E estes tempos são desafiadores para nós, mas por meio do nosso contrato de alma, nós concordamos em compreender a nossa desconexão e como o nosso medo a criou.
Porém, na maioria das vezes ficamos ancorados no medo ao invés de ficarmos na luz de nossa verdade como criadores e construtores, nos esquecemos de que há sempre outro caminho, uma verdade mais elevada, um caminho mais gratificante e uma luz mais luminosa que brilhará até mesmo nos momentos mais sombrios.
Logo que terminamos a etapa da aprendizagem, entramos na etapa da criação... da construção.
Ela ocorre quando abraçamos nosso poder co-criativo, nosso dom, e alinhamos com nossos sonhos e começamos a manifestar a partir do nível energético acima da dor.
Cada nível acima da dor e do medo é um aspecto mais elevado de nossas energias.
Se experimentamos desafios contínuos é porque ainda não concluímos o perdão, que é passos da aprendizagem ao perdão.
A vibração energética da dor é aquela com que o ego está mais familiarizado e confortável mas é liberada logo que o perdão, a nós mesmos e aos demais, seja consumado.
A dor, faz parte de nossa experiência humana, mas é um caminho que escolhemos quando estamos na etapa de aprendizagem e somos conduzidos pelo ego e pelas emoções.
Cada momento de desespero inclui uma escolha da energia oposta, da alegria.
Quando soubermos que podemos escolher um aspecto mais elevado de toda energia, passamos da aprendizagem para a criação.
Da dor, para o perdão!
Podemos transformar qualquer coisa, porque nosso poder é iluminado.
Basta que fiquemos atentos ao fato de que com todos os pensamentos estamos aprendendo ou criando, na dor ou na alegria, expressando medo ou amor.
E que o caminho que nós tomamos é sempre de nossa livre escolha.
Então escolhamos o perdão... escolhamos a alegria, o amor que nos torna maiores.
Uma boa sexta-feira a você
bjus
Branca

quarta-feira, 23 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Sempre existirão buracos a ultrapassar em nossa vida....

Sempre existirão buracos em nossa vida que teremos que ultrapassar e vencer, e muitas vezes sair deles inteiros.
E quando nos sentirmos sozinhos , sem forças, estender as mãos... Haverá com certeza alguém maior, com amor e compaixão suficientes a estender as suas mãos para segurar a nossa e ajudar-nos a sair dele e seguir em frente...
Inteiros e renovados...

Se pensarmos na vida como um longo caminho, podemos fazer analogias interessantes.
A começar pelos tão comentados obstáculos que temos de aprender a ultrapassar ao longo dos anos...
Uns maiores... outros menores.
Cada qual traz consigo seu nível de dificuldade, suas consequentes dores e seus preciosos aprendizados.
Mas hoje quero falar, sobretudo, dos buracos... Alguns rasos, outros nem tanto.
E existem também aqueles que, de tão profundos, quando caímos neles costumamos usar a expressão “cheguei ao fundo do poço!”.
É claro que ninguém gosta de cair em buracos.
Por menores e mais rasos que sejam, no mínimo nos desestruturam e nos fazem perder o rebolado.
Mas o fato é que eles fazem parte de todos os caminhos, de todas as pessoas, sem exceção, embora sejam sempre únicos.
O problema é quando alguém busca conhecimento, estuda e se sente tão crescido que passa a acreditar que isso é o suficiente para eliminar os buracos de seu caminho, para fazer com que eles simplesmente não existam mais.
Iludido e enganado por si mesmo, ao se deparar com um, vai ter de lidar ainda com a decepção, a frustração e a sensação de que toda busca não valeu de nada!
Não caia nesta armadilha!
Saiba de antemão que os buracos vão existir pra sempre.
A diferença entre quem está consciente de si e de seu caminho e quem não está, é que o primeiro vai saber evitar o tombo desviando a tempo do buraco ou, pelo menos, levantar, sair dele e seguir em frente mais rapidamente e, tomara, menos machucado.
E tem mais... podemos perceber, com a repetição de nossas quedas, que muitos dos buracos de nossos caminhos são incrivelmente parecidos, justamente porque a função deles é nos ensinar a mais difícil de todas as lições.
Portanto, se sua lição mais difícil é aprender a ser menos teimoso, ou menos ansioso, ou menos inseguro, ou menos desconfiado, note bem: toda vez que você se distrai ou acelera o passo mais do que deveria, cai num buraco em que parece já ter caído inúmeras vezes antes.
Não é o mesmo!
É outro!
É novo!
Ele se repete à frente para que você acorde e, a cada queda, consiga levantar com mais habilidade, e seguir em frente não reclamando e se lamentando por ter caído mais uma vez; não se criticando e se culpando por ter sido estúpido novamente.
Não! Não há nenhuma estupidez na repetição do aprendizado, mas sim vivência, privilégio e sabedoria!
Assim, se você está agora no chão, se acabou de cair num buraco do seu caminho, não se sinta uma vítima e sim um escolhido pelo Universo para se tornar mais forte e mais preparado.
Erga-se, mesmo doendo.
Saia do buraco, mesmo chorando.
E dê um passo à frente, e depois outro e outro, com a certeza de que pode ir bem mais longe...
Outros buracos virão.
Novas cicatrizes ficarão cravadas em sua alma.
E tudo isso será a prova de que você não veio como espectador e nem como coadjuvante de sua história.
Você veio como protagonista e vai chegar até o fim com a dignidade de quem não apenas cumpriu o seu destino, mas o esculpiu com coragem, fé e atitude!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sermos vasos nas mãos de Deus



Primeira fase: É assim: Deus escolhe o barro!
Dentre 200 tipos de barros conhecidos, somente 8 servem para fazer o jarro!
Sabe o que isso significa?
Se VOCÊ foi escolhido por Deus, isso significa que VOCÊ é um barro bom.
Segunda fase:Fase do curtimento: É aquela época em que parece que Deus fala com todo mundo, menos com você.
É uma das fases mais importantes, porque o vaso tem que ficar no curtimento.
Quanto mais tempo curtindo, maior liga terá.
Um vaso grande passa por um longo curtimento.
Esta fase depende do tamanho do vaso que Deus quer fazer de você!

Terceira fase: Fase do Pisamento: É quando o barro é retirado do curtimento, talvez depois de muito tempo, e colocado em um local para ser pisado.
Para que todo ar seja retirado.
Deus permite que você seja humilhado, pisado para poder tirar todo orgulho, vaidade...Sabe como é? Parece que todos falam mal de você, ninguém lhe entende, julgam suas atitudes, etc.
Quarta Fase: Agora o vaso precisa ser misturado com a palha fina, pedra triturada e o resto de cerâmica.
Um vaso sem esses implementos é um vaso fraco e quebra fácil. Deus não quer vaso fraco.
Quer vaso forte.
Sem o Espírito Santo, humildade, disposição, fé e confiança, o vaso fica fraco.
Ele quer vaso para uso diário, não vaso de porcelana que é usado só de vez em quando.
Quinta Fase: Chegou a hora do barro virar.
Agora depois de todo este processo, o oleiro leva o barro para ser moldado e virar vaso.
Depois de Deus ter nos escolhido, nos ter deixado criando liga, ter tirado o nosso orgulho, depois de nos ter fortalecido, Ele finalmente nos começa a moldar.
Então quando estivermos definitivamente prontos, Ele nos enche com Seu Espírito e nos usa de acordo com a Sua vontade.
Coloquemo-nos nas mãos do Senhor, e sejamos Vasos de bênçãos!
Boa semana

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Segredo da Vida


Lindissimo este Video com a narração do meu amigo Adilson Costa. quero compartilhar com voces!!!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Nós... que somos sensíveis


Nós os sensíveis, temos a luz brilhando dentro de nós.
A nossa sabedoria muitas vezes pode ser confundida com a loucura por pessoas de mentira.
Por aquelas pessoas que vivem presas a um mundo automático.
Nós... os sentimentais, alquimistas, os arrependidos pelos erros, os filhos amados que foram deixados prá traz num deserto.
Nós que temos fé inabaláveis,
Os sonhadores,
Os loucos de amor...
Muitas vezes já fomos considerados as ovelhas negras da família.
Mas, os nossos sentimentos, profundos como o mar, nos transformam aos poucos em cordeiros mansos que pastam felizes pelos campos verdes.
Dentro de nós ardem paixões interiores capazes de derreter qualquer geleira.
Nós já morremos incontáveis vezes e já renascemos outras tantas mais fortes, mais determinados em encontrar a nossa felicidade.
Nós, os sensíveis somos invencíveis pelas lágrimas e imbatíveis pelo sorriso.
Muitos de nós, os sensíveis, carregam na alma e até no corpo, marcas de nossa paixão pela vida.
Do mais fraco ao mais forte.
Do mais bonito ao mais feio.
Não somos medidos pela nossa formosura ou pela grandeza ou beleza de nosso corpo.
Somos admirados pelo poder do nosso coração, pela força que emanamos de dentro de nosso olhar.
E as pessoas de mentira ficam sem entender como nós, os sensíveis, conseguimos ter tanto poder.
Nós, os sensíveis estamos aqui para fazer a diferença.
Ninguém nos conhece pela superfície, mas pela profundidade de nossos bons sentimentos.
Não somos santos... mas somos anjos.
Não somos perfeitos... mas é na nossa imperfeição que mostramos nossas maiores virtudes.
Não é pela “casca” que queremos ser conhecidos.
Queremos um relacionamento íntimo com tudo e com todos que nos cercam.
Podemos errar, fracassar em quase tudo, mas jamais fracassaremos como seres humanos.
Somos árvores que darão boas sementes.
Somos incompreendidos.
Chegamos mesmo a ser odiados porque muitas vezes não sabemos expressar quem somos de verdade.
Diamantes brutos, que precisam de muito tempo para brilhar.
Mesmo sozinhos, abandonados, se quem amamos já se foi, quatro querubins nos guardam... Norte, Sul, Leste e Oeste!
Estamos guardados debaixo das asas desses querubins e nenhum mal cairá sobre nós.
Ainda que nosso corpo envelheça e fique doente, nada pode tocar o coração de um de nós...sensíveis, senão a mão do Supremo Criador.
Nós, os sensíveis, mesmo de longe, nos juntamos em espírito num coral para cantar uma canção que curará toda e qualquer pessoa de mentira.
Por alguns instantes, o mundo parará para ouvir o nosso canto e se apaziguará.
Por alguns poucos momentos as pessoas se olharão uma para as outras e reconhecerão nelas seus próprios irmãos.
E por alguns momentos elas também vão ser sensíveis como nós, quando perceberem que no rosto do outro está o espelho de sua própria face.
Nós, os sensíveis, temos o dom de sentir o que os outros sentem... de traduzir seus pensamentos.
Frequentemente nos confundem com outras pessoas porque nosso coração capta o que outros corações transmitem.
Nós somos uma brisa viva no meio da neve.
Ou um Oásis no meio do deserto.
Estamos aqui para mostrarmos aos outros que a alma existe...
Que a matéria passará...
Que temos vida para todo o sempre.
Somos donos da sabedoria Universal.
Acreditamos em Deus comum a todos seres humanos.
Deus habita todas as religiões.
Num abraço do sensível, está a graça do Universo.
Nós os sensíveis, somos os mensageiros da eternidade.
Nós podemos ser diferentes, enigmáticos... mas somos únicos e verdadeiros.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A necessidade do afago....

É condição essencial ao nosso equilíbrio mental e mesmo físico que sejamos tocados, reconhecidos, acalentados, tratados de forma afetuosa.
A necessidade do toque já nasce conosco.
É fome básica, só suplantada em urgência pela própria alimentação. Ao longo do crescimento, vamos aprendendo a dar e receber afeto de várias formas, mas nada é tão profundo e essencial do que o simples afago.
Afago... é toque que estimula a vida.
Porém, infelizmente há faces nada agradáveis do relacionamento humano como a agressão, a frieza e a humilhação. São inúmeros os que perdem ao longo da vida, a capacidade de pedir afeto ou até mesmo  reconhecer que dele necessita.
E algo que é tão simples na infância, torna-se complicado e conturbado na vida adulta.
As experiências desagradáveis, produzem duras carapaças que ao mesmo tempo que protegem, afastam a todos indiscriminadamente.
O resultado, são pessoas famintas por carícias que não conseguem obter ou mesmo reconhecer  tal estado. Acabam por escolher caminhos de compensação inferior  e medíocre, se envolvendo em todo tipo de coisas que aliviam, mas não saciam esta fome básica.
Surge então a “gula” desmedida por compensações muitas vezes direcionados ao poder ou reconhecimento social, o colecionamento de bens de necessidade questionável e as compulsões diversas.
No relacionamento afetivo, ocorre o desenvolvimento de um padrão tempestuoso, que na contramão do pedido de afeto é tingido pela hostilidade, manipulação ou mesmo em muitos casos violência.
Outra triste face da deturpação do afeto é a sua falsificação... (e essa é realmente muito triste!!!)
É quando a pessoa aprende a criar afetos de “plástico”, enganosos e convenientes, usados como cartão de visita que ocultam diferentes intenções.
A manipulação de afetos enganosos pode se tornar algo muito arraigado no funcionamento de uma pessoa, ou de uma família ou amigos e grupo social. Tão sedimentado que enterra por completo o afeto natural, que se torna neste lugar, uma “espécie em extinção”.
O afago também não está livre de tornar-se moeda de troca e condicionado ao atendimento de diversas exigências para sua negociação.
Assim, relacionamentos que até envolvem afeto de fato podem ser marcados por mesquinhez, interrupções e manobras, transformando em jogo aquilo que deveria ser fluido e natural.
O toque físico alivia a dor, a tristeza e a insegurança.
Conforta, assegura e sobretudo acolhe, harmoniza quem recebe e quem o dá.
Nada pode substituí-lo e com ele aparentar.
Feito com sinceridade, alivia pesadas armaduras e sedimenta pontes entre corações.
Devemos ter a carícia como hábito cotidiano, compreendendo que esta é a primeira e original linguagem, a qual jamais deveremos desaprender ou dela se afastar.
(fonte: Revista Midia e Saúde - Dr. Hélio Borges - Medico Psiquiatra)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Porque os verdadeiros amigos nos fazem chorar...

Antes eu pensava que os verdadeiros amigos jamais deveriam nos fazer chorar.
Sim... deveria ser proibido.
Até porque, ver um amigo chorar, nos faz chorar também e a vida é feita pra ser vivida com alegria.
Mas vou aprendendo no dia-a-dia que ainda tenho um longo caminho de aprendizado pela frente.
E então vou descobrindo devagarinho, tal qual a madrugada vai descobrindo o dia, porque os verdadeiros amigos nos causam lágrimas.
Eles são, nessa forma de amor universal e múltipla, as pessoas que conseguem entrar dentro do nosso coração e tocá-lo.
E tocam assim, com tanta sutilidade e fineza, que é nossa alma que atingem, é nossa sensibilidade que vem recebê-los.
Daí as lágrimas...
Porque tudo o que é grande, inestimável e incompreensível no mundo arranca de nós esse sentimento de espanto.
Ah, sim... eles nos fazem chorar quando a saudade é tão grande que não encontramos palavras para explicá-la.
Ou ainda, quando queremos imensamente estar na sua presença e tudo o que encontramos são as lembranças do passado.
Ou quando nos arrancam bruscamente risos e lágrimas ao mesmo tempo lembrando do tempo bom e do que a vida carregou.
Os verdadeiros amigos distanciam-se, mudam-se, casam-se, mas continuam insistentemente e maravilhosamente, diria eu, a habitar nosso coração.
E as lágrimas que nos invadem como chuvas repentinas não são de tristeza, elas são a forma como nosso coração se expressa para mostrar o quanto o outro ainda está vivo e eternamente apegado à nossa alma.
Lágrimas que nascem assim são benditas.
São parte da nossa oração de agradecimento a Deus por ter transformado em amigos esses anjos que vêm iluminar nossa existência

sexta-feira, 11 de março de 2011

Deus me conhece...


“A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente está muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nEle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.”

Nos incomodamos com aquilo que somos, e com o que não gostaríamos de ser.
Aprendermos com o que há de bom, mesmo no que vem de quem é ruim - pois, em última análise, todos somos ruins! Mas temos tudo de bom! ENTÃO TODOS SOMOS BONS!
E todos “somos” Cristo, e nos lamentamos no Getsêmani, e pedimos que o cálice seja afastado, mas ao mesmo tempo o provamos.
E somos, todos, crucificados.
Isso nos é mostrado no que negamos, e no que usamos para escapar do que negamos.
O que nos é muito próximo, ainda que oposto, nos incomoda.
Afinal, sempre é o que deixamos para trás, ou para frente.
É o que negamos ter sido, ou querer ser.
O outro parece ser eu.
E o verdadeiro eu, durante este processo, parece ser outro.
E, por melhor ou pior que seja, no outro, por ser um outro, sempre mostrará uma nova solução, uma nova abordagem, uma outra válvula de escape e expressão para o que somos - e se é outra válvula de escape, não é a nossa.
E se não estamos bem com a nossa, e há algo ou alguém que, ao mesmo tempo em que é igual, irmão, espelho, é também tão diferente... Vai incomodar.

“Nos deram espelhos - e vimos um mundo doente” (Renato Russo)

Supondo que quem aqui esteja já com alguma maturidade para ver coisas fortes, e ver seus valores expostos, este é um filme que RECOMENDO sim, e muito!
O videoclipe de entrada até poderia (e deveria) ser arrancado, para ser passado em palestras conscienciais ou evolutivas.
Você não é sua casa...
As palavras são fortes, mas com as cenas, o ritmo, tem um impacto arrasante. Obra prima - a meus olhos leigos - de direção, de profundidade, de exposição das máscaras tão grandes e presentes que construímos verdadeiros personagens violentos em cima delas...
Na abordagem clássica de Freud, temos um inconsciente, que nos puxa para nossos recalques, traumas, desvios. Por outro lado, temos um superego, que puxa para o sentido contrário, superior.
No meio desta briga, desta luta entre um e outro, entre o domar o inferior sem se perder nas contradições com o superior, estamos no terceiro, o do meio, o ego que somos nós.
E, querendo ou não, uma hora vivenciamos estes pólos
É verdade...
Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar.
Não tivemos a Grande Guerra, não tivemos a Grande Depressão. Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida.

"O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera. Elas se mudam para a casa vizinha e poderão atear o fogo que atingirá sua casa sem que ele perceba. Se abandonarmos, deixarmos de lado, e de algum modo esquecermo-nos excessivamente de algo, corremos o risco de vê-lo reaparecer com uma violência redobrada."
(Carl Jung)

Ou seja, é preciso movimentar.
E não adianta fugir.
A sombra estará ali.
Tudo é movimento, como assim ensinam os hindus.
É preciso esvaziar a taça para receber o novo.
Ganha quem perde... tudo passa.
Mas passa mais rápido para quem não se apega ao terreno, para quem enfrenta - até um dia descobrir que apenas se enfrenta.
Somente após uma desgraça conseguirá despertar
Somente depois de perder tudo, poderá fazer o que quiser
Nada é estático
Tudo é movimento
E tudo esta desmoronando
Esta é sua vida
e ela acaba um minuto por vez
Aprenda a viver... descanse quando morrer.
Tudo que você precisa está dentro de você
Ocorre que, se tudo estiver em você, é necessário uma nova análise, pois "tudo" é muito mais do que disseram que você era.
Se tudo está em você, você é Deus, e esta divindade também está em você. Perdemos tudo. Até a fé. E, na descrença... a encontramos.

Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
(Renato Russo)

Tyler diz que: as coisas que nos pertencem acabam tomando conta de nós.
Só depois de perder tudo é que ficamos livres para fazer qualquer coisa
Mas neste momento, só resta o Deus que há em nós.
"E sobrevivi, por ser muito mais que o ser fugaz das tramas que criei
Hoje sou muito mais do que acharam que eu deveria ser
Sei que estar aberta, é estar bem longe da ferrugem a corroer
Tudo o que aprendi levou-me, passo a passo, a uma inabalável convicção sobre a existência de Deus.
Eu só acredito naquilo que sei.
E isso elimina a crença?
Portanto, não baseio a Sua existência na crença... eu sei que Ele existe
Nenhuma circunstância exterior, por mais forte que seja, substitui a experiência interior.
E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo.
São eles que constituem a singularidade de minha vida
O que era conflito se torna religião, mas é ela quem nos levará para o autoconhecimento, também.
Pode ser que arrancar a árvore arraigada ao solo seja traumático - mas apenas onde as raízes forem muito profundas.
Afinal, não há nada de errado em ser uma árvore - a não ser quando esta morre e seca a cada dia por agora desejar caminhar.
Mas se meu caminho está voltado para Deus, se ele está presente na minha vida através do amor que Nosso senhor transmitiu e permanece na santa Eucaristia, então estou no caminho certo.
Não importa o que pensem, não importa o que falem.
Importa que o meu coração conhece a Deus e Ele me conhece.
Sabe exatamente quem sou, por onde andei, onde tropecei, em que momento cai, e quando suas mãos mais precisamente estiveram estendidas. Ele conhece tudo e por isso mesmo me ama com a intensidade que eu nem mesmo sei explicar.
E se mereço este amor?
É claro que não!! Sou pequena demais para tanto.
A única coisa que sei é que preciso dele mesmo assim e o continuarei buscando em cada dia da minha vida e somente sua compaixão e misericórdia infinita no final me fará merecedora real.
Até lá... continuarei tentando e buscando... aprendendo a ser melhor.