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Este é meu caderno eletrônico, aqui você vai encontrar alguns textos de minha autoria, assim como outros textos e mensagens que são importantes para mim ou que considero interessantes para ficar registrado. Espero que gostem...bjus

sexta-feira, 11 de março de 2011

Deus me conhece...


“A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente está muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nEle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam], porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.”

Nos incomodamos com aquilo que somos, e com o que não gostaríamos de ser.
Aprendermos com o que há de bom, mesmo no que vem de quem é ruim - pois, em última análise, todos somos ruins! Mas temos tudo de bom! ENTÃO TODOS SOMOS BONS!
E todos “somos” Cristo, e nos lamentamos no Getsêmani, e pedimos que o cálice seja afastado, mas ao mesmo tempo o provamos.
E somos, todos, crucificados.
Isso nos é mostrado no que negamos, e no que usamos para escapar do que negamos.
O que nos é muito próximo, ainda que oposto, nos incomoda.
Afinal, sempre é o que deixamos para trás, ou para frente.
É o que negamos ter sido, ou querer ser.
O outro parece ser eu.
E o verdadeiro eu, durante este processo, parece ser outro.
E, por melhor ou pior que seja, no outro, por ser um outro, sempre mostrará uma nova solução, uma nova abordagem, uma outra válvula de escape e expressão para o que somos - e se é outra válvula de escape, não é a nossa.
E se não estamos bem com a nossa, e há algo ou alguém que, ao mesmo tempo em que é igual, irmão, espelho, é também tão diferente... Vai incomodar.

“Nos deram espelhos - e vimos um mundo doente” (Renato Russo)

Supondo que quem aqui esteja já com alguma maturidade para ver coisas fortes, e ver seus valores expostos, este é um filme que RECOMENDO sim, e muito!
O videoclipe de entrada até poderia (e deveria) ser arrancado, para ser passado em palestras conscienciais ou evolutivas.
Você não é sua casa...
As palavras são fortes, mas com as cenas, o ritmo, tem um impacto arrasante. Obra prima - a meus olhos leigos - de direção, de profundidade, de exposição das máscaras tão grandes e presentes que construímos verdadeiros personagens violentos em cima delas...
Na abordagem clássica de Freud, temos um inconsciente, que nos puxa para nossos recalques, traumas, desvios. Por outro lado, temos um superego, que puxa para o sentido contrário, superior.
No meio desta briga, desta luta entre um e outro, entre o domar o inferior sem se perder nas contradições com o superior, estamos no terceiro, o do meio, o ego que somos nós.
E, querendo ou não, uma hora vivenciamos estes pólos
É verdade...
Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar.
Não tivemos a Grande Guerra, não tivemos a Grande Depressão. Nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão é a nossa vida.

"O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera. Elas se mudam para a casa vizinha e poderão atear o fogo que atingirá sua casa sem que ele perceba. Se abandonarmos, deixarmos de lado, e de algum modo esquecermo-nos excessivamente de algo, corremos o risco de vê-lo reaparecer com uma violência redobrada."
(Carl Jung)

Ou seja, é preciso movimentar.
E não adianta fugir.
A sombra estará ali.
Tudo é movimento, como assim ensinam os hindus.
É preciso esvaziar a taça para receber o novo.
Ganha quem perde... tudo passa.
Mas passa mais rápido para quem não se apega ao terreno, para quem enfrenta - até um dia descobrir que apenas se enfrenta.
Somente após uma desgraça conseguirá despertar
Somente depois de perder tudo, poderá fazer o que quiser
Nada é estático
Tudo é movimento
E tudo esta desmoronando
Esta é sua vida
e ela acaba um minuto por vez
Aprenda a viver... descanse quando morrer.
Tudo que você precisa está dentro de você
Ocorre que, se tudo estiver em você, é necessário uma nova análise, pois "tudo" é muito mais do que disseram que você era.
Se tudo está em você, você é Deus, e esta divindade também está em você. Perdemos tudo. Até a fé. E, na descrença... a encontramos.

Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz
(Renato Russo)

Tyler diz que: as coisas que nos pertencem acabam tomando conta de nós.
Só depois de perder tudo é que ficamos livres para fazer qualquer coisa
Mas neste momento, só resta o Deus que há em nós.
"E sobrevivi, por ser muito mais que o ser fugaz das tramas que criei
Hoje sou muito mais do que acharam que eu deveria ser
Sei que estar aberta, é estar bem longe da ferrugem a corroer
Tudo o que aprendi levou-me, passo a passo, a uma inabalável convicção sobre a existência de Deus.
Eu só acredito naquilo que sei.
E isso elimina a crença?
Portanto, não baseio a Sua existência na crença... eu sei que Ele existe
Nenhuma circunstância exterior, por mais forte que seja, substitui a experiência interior.
E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo.
São eles que constituem a singularidade de minha vida
O que era conflito se torna religião, mas é ela quem nos levará para o autoconhecimento, também.
Pode ser que arrancar a árvore arraigada ao solo seja traumático - mas apenas onde as raízes forem muito profundas.
Afinal, não há nada de errado em ser uma árvore - a não ser quando esta morre e seca a cada dia por agora desejar caminhar.
Mas se meu caminho está voltado para Deus, se ele está presente na minha vida através do amor que Nosso senhor transmitiu e permanece na santa Eucaristia, então estou no caminho certo.
Não importa o que pensem, não importa o que falem.
Importa que o meu coração conhece a Deus e Ele me conhece.
Sabe exatamente quem sou, por onde andei, onde tropecei, em que momento cai, e quando suas mãos mais precisamente estiveram estendidas. Ele conhece tudo e por isso mesmo me ama com a intensidade que eu nem mesmo sei explicar.
E se mereço este amor?
É claro que não!! Sou pequena demais para tanto.
A única coisa que sei é que preciso dele mesmo assim e o continuarei buscando em cada dia da minha vida e somente sua compaixão e misericórdia infinita no final me fará merecedora real.
Até lá... continuarei tentando e buscando... aprendendo a ser melhor.

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