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quarta-feira, 16 de março de 2011

A necessidade do afago....

É condição essencial ao nosso equilíbrio mental e mesmo físico que sejamos tocados, reconhecidos, acalentados, tratados de forma afetuosa.
A necessidade do toque já nasce conosco.
É fome básica, só suplantada em urgência pela própria alimentação. Ao longo do crescimento, vamos aprendendo a dar e receber afeto de várias formas, mas nada é tão profundo e essencial do que o simples afago.
Afago... é toque que estimula a vida.
Porém, infelizmente há faces nada agradáveis do relacionamento humano como a agressão, a frieza e a humilhação. São inúmeros os que perdem ao longo da vida, a capacidade de pedir afeto ou até mesmo  reconhecer que dele necessita.
E algo que é tão simples na infância, torna-se complicado e conturbado na vida adulta.
As experiências desagradáveis, produzem duras carapaças que ao mesmo tempo que protegem, afastam a todos indiscriminadamente.
O resultado, são pessoas famintas por carícias que não conseguem obter ou mesmo reconhecer  tal estado. Acabam por escolher caminhos de compensação inferior  e medíocre, se envolvendo em todo tipo de coisas que aliviam, mas não saciam esta fome básica.
Surge então a “gula” desmedida por compensações muitas vezes direcionados ao poder ou reconhecimento social, o colecionamento de bens de necessidade questionável e as compulsões diversas.
No relacionamento afetivo, ocorre o desenvolvimento de um padrão tempestuoso, que na contramão do pedido de afeto é tingido pela hostilidade, manipulação ou mesmo em muitos casos violência.
Outra triste face da deturpação do afeto é a sua falsificação... (e essa é realmente muito triste!!!)
É quando a pessoa aprende a criar afetos de “plástico”, enganosos e convenientes, usados como cartão de visita que ocultam diferentes intenções.
A manipulação de afetos enganosos pode se tornar algo muito arraigado no funcionamento de uma pessoa, ou de uma família ou amigos e grupo social. Tão sedimentado que enterra por completo o afeto natural, que se torna neste lugar, uma “espécie em extinção”.
O afago também não está livre de tornar-se moeda de troca e condicionado ao atendimento de diversas exigências para sua negociação.
Assim, relacionamentos que até envolvem afeto de fato podem ser marcados por mesquinhez, interrupções e manobras, transformando em jogo aquilo que deveria ser fluido e natural.
O toque físico alivia a dor, a tristeza e a insegurança.
Conforta, assegura e sobretudo acolhe, harmoniza quem recebe e quem o dá.
Nada pode substituí-lo e com ele aparentar.
Feito com sinceridade, alivia pesadas armaduras e sedimenta pontes entre corações.
Devemos ter a carícia como hábito cotidiano, compreendendo que esta é a primeira e original linguagem, a qual jamais deveremos desaprender ou dela se afastar.
(fonte: Revista Midia e Saúde - Dr. Hélio Borges - Medico Psiquiatra)

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