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terça-feira, 15 de junho de 2010

Para se guardar um amor


A gente nunca deveria se acostumar com o amor.
Deveríamos ter sempre essa sensação de novo, novidade, como se, cada manhã, descobrindo o nascer do dia, nos extasiássemos diante do espetáculo como se ele jamais tivesse acontecido antes.
Falta cuidados com o amor, com a nobreza dele e é por isso que ele se apaga.
O frio no estômago passa logo que o amor toma posse, o coração bate menos rápido com o decorrer dos dias, a saudade precisa de mais tempo para ser sentida e os hábitos se instalam.
A diferença básica entre homens e mulheres é que a primeira parte é mais racional, vê e ouve somente o que quer, se satisfaz com mais facilidade fisicamente e a segunda... ah, a segunda!... essa é a guardadora dos sonhos que faz com que muitos relacionamentos continuem até depois que o sentimento acabou.
As mulheres trazem quase sempre escondido no peito a caixinha de promessas dos primeiros encontros, dos primeiros suspiros, primeiras palavras trocadas, elas guardam datas, tentam adivinhar os desejos, se especializam em surpresas e esperam secretamente ser adivinhadas.
Algo que aprendi com o tempo foi que o amor não é um conjunto de compatibilidades, mas a aceitação das incompatibilidades.
Não amamos a outra pessoa quando ela tem algo que nos agrada, mas quando o que não nos agrada torna-se menos importante, mesmo se continua a existir.
O amor está na diferença do contrapeso.
É preciso, para se guardar um amor, ter-se a memória fraca para certas coisas e um coração desesperadamente atento para outras.
É preciso conhecer certos detalhes e dar-lhes a devida importância, apreciar o pôr do sol como se fosse a primeira vez e se dar as mãos como se elas nunca se tivessem separado.

O dia do amor está passou, como se todo dia não fosse dele!!!
Há corações enamorados, apertados e outros desesperados.
Há, espalhados pelo mundo, corações que dariam tudo para ter o amor de volta, outros para ter, simplesmente ter, um amor, pequeno que fosse, mas que dessa a emoção e a sensação de vida;
há ainda os que fazem inúmeras promessas para não perder, ou para tentar recuperar o que nem se sabe se recuperação tem.
O dia do amor passou, e há muitos corações espalhados por aí que nem se dão conta da sorte que têm, do valor incomensurável que é uma vida a dois, com partilhas de planos e sonhos.
Aos amores adormecidos, digo e desejo uma coisa: que abram os olhos.
São nas diferenças que aprendemos a conhecer o que está além de nós, é na nossa parte diferente, mas parte, que está 50% da nossa riqueza, onde estão as pérolas que só um mergulho profundo nos permite descobrir.
Gosto de falar sobre o amor, mas às vezes me limito.
Portanto, o que será de uma poeta se não falar de amor, se não desnudar sua alma ao mais nobre de todos os sentimentos?
TEXTO: Letícia Thompson


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