Não são poucas as pessoas que se tornam pessoas amargas, indiferentes ou frias, por causa de decepções que afirmam terem sofrido aqui ou ali, envolvendo outras pessoas.
A decepção foi com o amigo a quem recorremos num momento de necessidade e não encontramos o apoio esperado.
Com aquela pessoa que protegemos, admiramos, doamos nosso carinho, afeto e amizade sincera e nos virou as costas no momento que mais precisávamos.
No trabalho quando não recebemos o devido reconhecimento de nosso valor...
Tais decepções devem nos remeter a exames melhores das situações.
Decepcionarmo-nos com pessoas que estão neste nosso mundo, sofrendo as nossas mesmas carências, dificuldades, fragilidades e tormentos não é muito real.
Primeiro, porque elas não nos pediram para assinar contrato ou compromissos de infalibilidade para conosco.
Segundo, porque o simples fato de elas transitarem na terra, ao nosso lado, é o suficiente para que não as coloquemos em lugares de especial destaque, pois todas têm seu ponto frágil e até mesmo seus pontos sombrios.
A nossa decepção, em realidade, se formos sinceros, é conosco mesmo, pois que nos equivocamos em nossa avaliação, por precipitação ou por análise superficial.
Não menos errada a decepção que afirmamos ter com a própria religião, com a doutrina de fé cristã que está a espalhar, em toda parte, os ensinamentos deixados por Jesus Cristo para os seres de boa vontade.
O que acontece é que costumamos confundir muitas vezes, as doutrinas que ensinam o bem, o nobre, o bom com os doutrinadores que, embora falem das virtudes que devemos perseguir, conduzem as próprias existências...como vivem e se comportam, em oposição ao que pregam.
Como vemos, a decepção não é com as mensagens da Boa Nova deixadas por Nosso Senhor, mas exatamente com os que conduzem a mensagem.
Nesse ponto não nos esqueçamos de fazer o que ensinou Jesus: comparar os frutos com as qualidades das árvores donde eles procedem, de modo a não nos deixarmos iludir.
Avaliemos, desta forma, as nossas queixas contra pessoas e situações e veremos que temos sido os grandes responsáveis pelas desilusões do caminho.
Nós mesmos é que criamos as ondas que nos decepcionam e magoam.
Cabe-nos amadurecer gradualmente nos estudos e na prática do bem, aprendendo a examinar cada coisa, cada situação, analisar a nós mesmos com atenção, a fim de crescermos para a grande luz, sem nos decepcionarmos com nada ou com ninguém.
Somos todos imperfeitos. Somente Deus é perfeito.
Nós apenas podemos estar à caminho...
Precisamos aprender a compreender cada pessoa no nível em que se situa, não exigindo delas mais do que possa dar e apresentar, exatamente como não podemos pedir à roseira que produza violetas, que não tenha espinhos e que não despetale suas flores na violência dos ventos.
Para que avancemos em nossa caminhada evolutiva de seres humanos, e principalmente de cristãos autênticos, imponhamo-nos uma conduta de maturidade, de indulgência e de benevolência para com os demais.
Caridade... compaixão... amor ao próximo... é a palavra chave.
Este é o momento Ideal.
Todos os dias podemos nos dispor a sermos melhores.
Disponhamo-nos a brilhar, sob a proteção de Deus.
Avançando sempre, não nos detendo na retaguarda a examinar mágoas e depressões, que se apresentam na estrada como pedras e obstáculos, calhaus e detritos.
"Tudo posso naquele que me Fortalece"
"O Senhor é meu rochedo e minha fortaleza"
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